
Durante a década em que não dispôs de Serviços de Informações civis (1975-1985) com a missão de salvaguardar a segurança interna e preservar o Estado de Direito, Portugal foi palco de vários atentados contra diplomatas e representantes político-económicos que causaram um total de 10 mortos.
Em 1979 um atentado contra a Embaixada de Israel provocou um morto e vários feridos. Dois anos depois o adido comercial da Embaixada da Turquia foi assassinado por um comando arménio. Em 1983, Issan Sartawi, dirigente da OLP e conselheiro pessoal de Yasser Arafat foi alvejado à queima roupa no Hotel Montechoro, em Albufeira, onde estava para participar no XVI Congresso da Internacional Socialista. Nesse mesmo ano, um comando arménio atacou a embaixada da Turquia, em Lisboa, que matou sete pessoas.
Este contexto, marcado também pela atividade do grupo terrorista FP-25, levou o poder político a criar Serviços de Informações civis, que começaram a materializar-se em 1984, ano em que foram estabelecidas as bases gerais do Sistema de Informações da República Portuguesa, criando o SIRP, o SIED e o SIS.