
Operações
As operações do SIS recorrem a métodos de recolha abertos e encobertos, combinando informação proveniente de fontes abertas com dados obtidos através de coberturas operacionais.
É, no entanto, através da recolha encoberta, ações de vigilância e do trabalho com Fontes Humanas (HUMINT), que o SIS obtém a informação crítica e diferenciada essencial para a identificação e avaliação de ameaças à segurança interna e à dos nossos aliados.
Esta atividade operacional assenta no relacionamento com pessoas que, em contextos sensíveis, têm acesso a informação de elevado valor, exigindo discrição, confiança e rigor profissional em todas as fases do processo.

Análise
A Análise do SIS é responsável por acompanhar e avaliar, de forma permanente, as ameaças que possam afetar a segurança interna e internacional.
Compete-lhe transformar informação em conhecimento estratégico e operacional, permitindo antecipar ameaças e mitigar riscos, apoiando a definição de respostas adequadas por parte do decisor político e das entidades de segurança competentes.
A atividade analítica assenta na integração e no tratamento rigoroso de informação proveniente de múltiplas fontes, nacionais e internacionais, com o objetivo de identificar atores hostis – as suas capacidades, intenções e modos de atuação – que possam representar uma ameaça à segurança interna de Portugal.
É um trabalho especializado, exigente e multidisciplinar, conduzido por equipas com diferentes áreas de competência, unidas por uma missão comum: fornecer informações úteis e relevantes para a proteção de Portugal e dos seus aliados.

Difusão
A difusão integra o ciclo contínuo de produção de informações do SIS, assegurando que as informações produzidas cheguem às entidades que delas necessitam. Constitui a expressão visível do trabalho desenvolvido nas áreas de Operações, de Análise e de Cooperação Nacional e Internacional, onde a informação recolhida e tratada se transforma em apoio concreto à tomada de decisão e ação.
As informações de segurança produzidas pelo SIS são dinâmicas, seletivas e adaptadas ao destinatário, respondendo às necessidades específicas do decisor político, de parceiros nacionais e dos nossos congéneres internacionais.
São difundidas através de relatórios, ações de sensibilização ou briefings, podendo assumir diferentes enfoques analítico-operacionais, consoante o tipo de ameaça e o contexto de decisão:
- Enfoque Tático: centra-se na monitorização de atividades, movimentações e comportamentos de agentes de ameaça específicos;
 
- Enfoque Estratégico: aborda, de forma conceptual e prospetiva, fenómenos que podem afetar a segurança interna, permitindo antecipar tendências e evoluções;
 
- Enfoque Técnico-científico: foca-se na caracterização de capacidades técnicas, tecnológicas e digitais, incluindo a pegada digital, os meios técnicos ou as infraestruturas de apoio a atividades hostis.
 
Independentemente do formato, as informações produzidas pelos SIS resultam da combinação de várias áreas de especialização e representam uma visão integrada e própria de um serviço de informações, oferecendo ao Estado uma leitura única e antecipada sobre os riscos que afetam a segurança interna.

Cooperação Nacional
Embora atue com discrição, a missão do SIS é tudo menos isolada.
O SIS trabalha em coordenação permanente com um vasto conjunto de parceiros nacionais, do setor público e privado, no quadro de uma missão comum de defesa e preservação da segurança interna. Esta articulação é parte essencial da identidade institucional do SIS e contribui para reforçar a eficácia e a coesão do SIRP e do Sistema de Segurança Interna (SSI).
No plano institucional, o SIS coopera estreitamente com os outros serviços de informações portugueses — o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e o Centro de Informações e Segurança Militares (CISMIL) — bem como com as entidades que integram o SSI e o Conselho Superior da Segurança Interna.
Esta rede colaborativa estende-se ainda a organismos públicos especializados, instituições do setor privado e a entidades da sociedade civil, num modelo de partilha e confiança mútua que fortalece a capacidade coletiva de prevenção na deteção e resposta a ameaças.

Cooperação Internacional
Perante ameaças complexas e interligadas, que atravessam as dimensões interna e externa, a cooperação internacional assume-se como parte essencial na estratégia de proteção da segurança nacional.
As ameaças prioritárias à segurança interna são, na maioria dos casos, comuns aos nossos parceiros e aliados, exigindo respostas coordenadas, assentes na confiança e na partilha de informações.
Por essa razão, o SIS mantém diariamente relações bilaterais e multilaterais com os seus congéneres internacionais que contribuem para reforçar a segurança coletiva e de Portugal.
Estes círculos correspondem ao posicionamento de Portugal em matéria de política e de segurança externas e permitem a geração de estados reforçados de segurança coletiva ao longo dos teatros europeu, transatlântico, lusófono, ibero-americano e de todos os pontos do globo onde se incluam parceiros like minded, unidos pela vontade de perseverança em face de ameaças sofisticadas e de relevância comum.

Outreach
Num contexto em que as ameaças evoluem de forma constante, a prevenção depende também da capacitação e da consciência coletiva.
O SIS desenvolve ações de sensibilização e de diálogo com diferentes setores da sociedade civil, públicos e privados, com o objetivo de promover uma cultura de segurança e resiliência nacional.
Estas iniciativas incluem ações de sensibilização, sessões de formação e parcerias estratégicas com entidades que desempenham papéis relevantes em áreas como:
- Proteção de infraestruturas críticas;
 
- Cibersegurança e segurança digital;
 
- Segurança económica e tecnológica;
 
- Proteção de informação sensível e gestão de risco organizacional;
 
- Salvaguarda de propriedade intelectual e de I&D;
 
O objetivo é reforçar a capacidade nacional de antecipar, identificar e mitigar riscos, criando redes de confiança e cooperação entre o SIS e os múltiplos atores da sociedade portuguesa.